trezentos e sessenta e cinco dias sem compras, meu desafio

14:27:00



Olá,


Isso aqui deveria ser um vídeo no youtube, mas gente, eu morro de vergonha, sempre fui mais de escrever e estou fazendo isso não por meu leitor imaginário, mas por mim. Quero deixar registrado que pelos próximos 365 dias eu não farei compras. Nada de roupas, sapatos, bolsas, maquiagem, acessórios e etc. Mas Ítala, pra quê isso? Eu não aguento mais comprar por compulsão e sofrer toda vez que fecha a fatura do cartão de crédito, além disso, ter reiniciado o armário cápsula está me ajudando a me conhecer melhor e meu estilo, mas ficar comprando a cada cápsula, me dá ideia de que tornei meu guarda-roupa descartável, cujas peças duram 03, 06 meses e só. E NUNCA FOI ISSO QUE EU QUIS!!!!!

No dia 16 eu comprei duas blusas e uma saia, duas delas, a saia e uma das blusas, eu ainda nem usei. Hoje eu comprei duas calças, uma jogger cor de rosa e uma de alfaiataria vermelho vinho, queria? queria. Mas comprei por impulso, estou há algumas horas da minha consulta com uma psicóloga nova, o que está me deixando extremamente aérea e ansiosa. Resultado: compras sem pensar no que a parcela vai representar no final do mês. No que meu consumo vai representar no meio ambiente.

Desde janeiro que eu estou anotando tudo que estou comprando, no final do ano quero fazer um balanço, a ideia era parar de comprar por um ano apenas no ano que vem, mas acabo de tomar a decisão (por impulso) e começo hoje, 28 de agosto de 2019 até agosto de 2020! Será se consigo? Me acompanha no Instagram pra ver (@itala_alves)

A expectativa é sempre melhor que a realidade

09:44:00


 Não tem jeito, eu amo criar uma expectativa. Sobre tudo e qualquer coisa. E o pior nem é isso, acho que criar expectativa é meio inevitável, mas deixa eu explicar como funciona para mim: Dezembro chega e eu fico tão empolgada com o natal que acabo topando participar de mais amigos secretos do que é humanamente aceitável. Janeiro chega e eu só penso no carnaval. Julho chega e eu só penso no meu aniversário. O problema é que chega dia 24, chega carnaval, chega 16 de julho e parece que eu já gastei tudo e toda a empolgação passou. Esse fim de semana eu estava em Fortaleza curtindo um pré-carnaval, farei isso mais vezes em fevereiro, quando março, e com ele o carnaval chegarem, será que eu ainda vou querer saber de folia?








Sapatos e Relacionamentos

19:18:00



Tenho certeza que já li alguém comparando um relacionamento que não tinha como dar certo a comprar um par de sapatos desconfortáveis. Então me desculpem, mas eu não tenho analogia melhor no momento para comparar. 

***


É assim, você entra na loja e imediatamente é seduzida por ele: o par de sapatos mais bonitos que você já viu. Animada, pede a vendedora pra procurar seu número. Tem. O preço é alto, mas você tava mesmo precisando daquele mimo. Será seu! Coloca o sapato nos pés, sente apertar  —  o calcanhar, o dedo mindinho, é difícil dizer —  avisa a vendedora que o momento “estar com o sapato” não foi como o esperado, mas ela tá desesperada pra vender. É sábado e a loja está cheia. Seria uma comissão e tanto. Aí ela faz o que a maioria das vendedoras faria: "leva, vai lacear". "Põe uma meia grossa". "Usa o ar quente do secador". "Pra ficar bonita,  mulher sofre mesmo". Os truques são tantos… E você leva.


Sai da loja dividida, feliz pela conquista, preocupada em ter gastado um pouco demais e principalmente, com o (des)conforto do sapato.






Já em casa você se organiza, a primeira vez é difícil mesmo. Fará da forma mais segura de todas. Vai a um restaurante e passa a noite quase toda com medo de levantar. Tá com o sapato, mas não se diverte. Você tá com seu sapato novo lindo, mas você não está lá. Não por inteira.

Na segunda vez que usa o sapato é movida por uma coragem súbita. “Vai dar certo”, “laceou”. 100 metros com ele e os pés ficam em carne viva. Adeus pista de dança, adeus tudo. O sapato não lhe serve. Mais algumas tentativas e finalmente você desiste. Não vai mais usar o sapato. Triste, tenta vendê-lo ou o esconde no fundo do armário. Mais um fracasso.


Mas na verdade você devia estar feliz por vir até aqui e por ter tido coragem de abrir mão do sapato. Algumas pessoas são felizes com eles de verdade, mas se não é a sua, não force e se tiver se forçado, saiba que parar te fará bem. Boa sorte.


Diálogos irreais
A - Que tipo de sapato eu sou?
B - Aquela sapatilha de gatinho que parece perfeita pra mim, mas eu já usei tanto que folgou e agora cai do pé. E eu?
A - Você é um sapato bonito e confortável, daqueles que serve pra ir a qualquer canto. Mas eu prefiro usar chinelos...


Já tive ex que foi como um all star, incomodou nos primeiros usos, mas depois virou companhia pra toda hora. Do trabalho ao casamento tranquilamente. Já tive ex que foi como um sapato da moda, tinha que ter e hoje meio que tenho vergonha de ter tido (brincadeira). Mas a real é que os sapatos se estragam e os relacionamentos também. Espero que você cuide bem dos que fazem bem pra você e não tenha medo de deixar de lado o que te machuca.


Até

E 2017 também passará

09:47:00


Eu nem acredito que falta tão pouco pra 2017 acabar. Esse lance de que os anos passam voando tá cada vez mais certo. Agora, em poucos dias, chegaremos a 2018. E eu estava aqui pensando em como eu imaginava esse tempo lá nos anos 2000. Nas minhas idas a escola de manhã, almoço e tv o resto do dia. Eu achei que tudo estaria diferente.

A minha vida, assim como a de todo mundo, é cheia de marco. Indicadores de abertura ou de encerramento de ciclos. Como quando em 2003 eu me mudei pra Mossoró. Eu cresci tanto com isso. Na época eu odeie, mas agradeço a Deus todos os dias aquela mudança.

Em 2007 eu entrei pra faculdade. Outro crescimento grande. Mas desse eu gostei, foi minha maior conquista de vida, eu acho.


Em 2013 foi a vez de deixar a cidade "grande", de deixar a casa dos meus pais. De chorar todas as tardes e de desejar ir embora. Mas quando eu menos esperei: emprego novo. Finalmente eu descobri o que significa ser professora. Minha segunda grande conquista foi ter me tornado o que profissionalmente eu sou hoje e eu ter orgulho disso.

Dei uma estacionada. Deixei a maré me levar. Mas como maré calma não faz bom marinheiro, comecei a velejar, enfrentei uma correnteza e quase me afoguei.


Aí chegamos a 2017. E é sobre o corrente que gostaria de falar.

Comecei 2017 com problemas de saúde - descobri que ia precisar retirar a vesícula - e a certeza de que eu ia cuidar de mim e da minha vida. Eu ia focar no que era importante.

Aí o destino, Deus, a vida ou não sei exatamente o quê, me aparece A NOVIDADE. O mocinho que veio pra desfazer minhas certezas e me ajudar a me refazer. Quem sou eu? Estou aqui pra descobrir

Andei PensandO

Oi, novembro

08:45:00





É da minha natureza ser confusa, não saber ao certo o que quer e ao mesmo tempo ser cabeça dura, teimosa como uma mula, diriam. Mas nada me deixa com uma confusão maior de sentimentos do que o fim do ano.


Assim que chega outubro, começa...


É uma empolgação, é uma vontade imensa de viver cada momentinho que eu puder nas festas de fim de ano. É uma vontade louca de enfeitar a casa com todas as luzes e todas as cores que, embora não combine com o verão cearense, me dão sensação de infância. É uma euforia pelo ano novo, 365 dias novos, coisas pra fazer melhor, repetir as coisas boas: "ano que vem a gente faz isso novamente".

Mas ao mesmo tempo, vai chegando o fim do ano e sou tomada por angustia, ansiedade e um pouco de medo. A angustia de quem não sabe ao certo onde vai estar nos próximos meses (profissionalmente, geograficamente). Uma ansiedade que paralisa quando eu preciso definir, se vou ou se fico. Fim do ano tem gosto de mudança, de novo. E o que é novo também causa estranhamento, medo. 


Mas hoje eu não quero ser pessimista, negativa. Só queria agradecer aos céus pelos meses que já se passaram de 2017. A maioria deles foi bom. E desejar que novembro seja lento, preu poder aproveitar cada coisinha que tenho planejado, mas que ele também se vá. Cumpra seu ciclo. 


E que a gente fique mais forte a cada vinte e quatro horas.

Andei PensandO

Todo 16 de julho é a mesma coisa...

20:33:00



Fazer o quê, né? Sou dessas que escreve. Pra começar eu gostaria de dizer que hoje NÃO é meu aniversário, como o título sugere, meu aniversario foi há dois meses atrás. Ao contrário do que aparece na descrição do blog, eu não tenho 27. Eu tenho 20 e todos (ou 29 se preferir uma resposta curta). Quando fiz 25 anos eu me perguntei se estava na hora de usar "cremes anti-idade". Não comecei, mas passei a tomar mais água e a usar protetor solar. Além da melanina que Deus me deu, isso tem ajudado um pouco. Mas eu não estou aqui para falar sobre os últimos 04 anos e sim dos últimos 365 dias.

***


Sempre tive uma queda por anos pares e como 2014 e 2015 não tinham sido exatamente "meu ano" eu achei que as coisas iam melhorar. Bom, não foi exatamente isso que aconteceu, mas sabem o que dizem, o que não te mata imediatamente, serve de alimento e cá estou, bem alimentada. Os últimos meses de 2016 foram os melhores e os piores. Fiz tanta coisa que nem cabe no poema, como diria Ferreira Gullar. Ai 2017 chegou. Chegou meio doido, ainda com a ressaca de 2016 mas tá tudo indo. Tá caminhando, tá me fazendo bem. É por isso o post, que não será lido, mas onde ficará registrado. Segue uma pequena lista do que eu consegui e do que eu acho que falta conseguir nessa minha, não mais tão curta, existência.


Coisas que eu consegui

- Gostar de mim
Pode parecer bobagem, talvez seja, eu não disse que não era boba, mas nos últimos 12 meses eu senti bem menos vontade de me esconder como fazem os avestruzes. Sou uma Ítala narcisista, é verdade, adoro um like, um elogio. E no geral, acredito neles. Cuidado com o que dizem a mim. =P


- Ser sozinha
Não tem nada mais gostoso que estar com quem eu gosto. Gosto de olhares, gosto de sorrisos, de risadas e daquela troca de olhares cúmplices no corredor. Gosto de "tomar café" acompanhada e de contar a sinopse de um filme. De conversar enquanto desembaraço meu cabelo ou pinto as unhas. Mas sabem o que eu gosto também? De silêncio, de ficar deitada pensando em alguma coisa, de escrever, de ouvir música, de tomar banho com a porta aberta. De só ser mesmo. Precisei ficar sozinha várias vezes no últimos 365 dias. Foram tantos sábados cheios de silêncio e vazios de companhia, mas me apeguei a mim, me acostumei. Podem me visitar no sábado - ou qualquer outro dia - eu gosto de gente, mas eu também vou sobreviver um dia ou outros quando estiver só.



Coisas que faltam conseguir:

- Não ter medo/ Ter foco
Eu tenho muitos planos, são planos bacanas. Eles estão na descrição do blog nas minhas postagens do Twitter, nas minhas conversas antes de dormir e também na hora do almoço. Resta deixar de ser só conversa, de ser só plano e isso depende muito de mim.


- Falar o quanto amo as pessoas
Meus amigos não fazem ideia do quanto são importantes pra mim e o quanto saber que eles existem e estão ali pra demonstrar carinho me faz ter muito mais coragem sempre. Talvez eu seja uma vacilona, mas amo vcs.


2017 tá acabando e eu estou me perguntando o que vou levar desse ano. Bjs e até

Amor

Dias de amor conforto

07:00:00

rotina e rabisco - Instagram


Tal dia, enquanto o youtube me surpreendia com sua capacidade de ser aleatório, o Cazuza sussurrou aos meus ouvidos: "more em mim que eu deixo as portas sempre abertas", E pronto, a "merda" tava feita. Era isso que eu queria, alguém pra morar em mim e me fazer deixar as portas todas abertas a ela. Queria um amor com gosto de lar, um amor que fosse conforto, paz.



Aí você chegou - eu já falei disso aqui - e eu pude sentir o seu amor, o nosso amor. O amor conforto. Por que o amor, para mim, é o que fica depois da euforia, da saliva, dos espasmos, da respiração descompassada, dos apertos, do ritmo acelerado. Amor é o que fica quando você sai de mim e eu sinto que moro em você. Amor é quando te vejo tão homem e tão menino que me perco na cor dos teus olhos e no jeito doce do seu sorriso. Aí se passam 20 minutos ou duas horas na mesma rapidez. O amor é o que me faz não ficar ansiosa na despedida, pois eu sei que você volta. Eu sinto amor ao te oferecer meu colo porque meu colo é você.


***

Tal qual os Engenheiros, toda noite de insônia eu penso em te escrever, não para reclamar de alguma coisa, mas para dizer que se eu te escrevesse como te sinto. Se eu conseguisse por em palavras todos os suspiros, risos bobos e sensações quando estou contigo - de forma física ou não - venderia nossa história e ficaríamos ricos. Nessas histórias, te escreveria para dizer que, num relacionamento é muito massa ter alguém que se interessa por suas coisas, que deseja conhecer teu mundo, tuas verdades e até tuas mentiras. Que move o mundo só pra te agradar. Que é lindo me ver sob seus olhos. E que eu quero te mostrar o quanto és bonito, a partir dos meus.

***
Eu, que sou água em estado sólido, tô aqui, derretendo-me toda hora pra caber em nossa "forma".





Essas são as últimas fotos do instagram dessa moça que, sabe Deus por que, ainda tem um blog. Essas fotos são pra marcar uma nova etapa, o tempo do amor conforto, tem coisa mais maravilhosa que namoro novo? As coisas andam maravilhosas por aqui, uma pedra no caminho - ou na vesícula - aqui ou acolá mas a gente vai levando e vai sorrindo e vai se divertindo pra caramba. Feliz um mês!

Amor

Estou Nadando

22:03:00

Eu não queria escrever sobre você. Agora não. Tá cedo.
M
as quem foi que falou que eu sigo as regras? não todas, né? e, em se tratando de você, menos ainda. É que desde que você chegou (a terceira vez), com uma blusa da faculdade e uma cara marrenta que eu resolvi testar me desarmar. Não sei quando foi, se foi naquela quarta, 23 de março ou se foi mesmo na segunda, 27, eu só sei que “tal dia” eu estava reparando no quanto você fica lindo quando sorri tímido com um elogio. No quanto é fofo o seu levantar do lábio superior quando finge surpresa e fica de olhinhos fechados, quando acha que fez um "grand finale". Sua risada forçada — que eu já sei imitar — sua sobrancelha marcada, o marrom profundo dos seus olhos.  A verdade é que você é minha proparoxítona preferida.

Eu não quero regras ou rótulos pra gente, não quero nada do que já tive ou do que você já teve, eu só quero ficar confortável ao seu lado. Eu quero te levar pras minhas viagens mais profundas. Quero fazer parte do seu dia de forma natural, como aquele “oi” único que você manda só pra dá sinal de vida. Queria te fazer mergulhar dentro de mim como ninguém jamais teve coragem de fazer. Porque pra mergulhar em alguém você precisa de coragem. Mas não quero datas, não precisa de pressa, pode vir quando estiver confortável.
Eu ainda nem sei o que você acha de mim e também não tenho opinião formada sobre você. Eu deveria estar estudando, transcrevendo umas coisas para o mestrado mas coloquei aquela música que me faz sentir muita vontade de tá com você. E cá estou. Escrevendo sobre você enquanto toca uma música que você​ nem conhece, mas que eu provavelmente já ouvi mil vezes pensando em você
É que você é uma brincadeira seria que eu quero ter. Eu tô abrindo mão e tô pulando sem nem ver onde, mas estou. Eu quero te apresentar minhas músicas, minhas comidas favoritas e meu jeito de dançar desengonçado. Quero que você me mostre cada um dos seus videos, suas músicas e seus desenhos técnicos. Seus sonhos, seus medos, pode desarmar-se também, eu quero ver do que você é capaz. Preciso que você seja você e que eu seja tão eu, que te encante. Eu não sei o caminho, mas eu vou mesmo assim. E o que for pesado eu terei que ir deixando.
Texto publicado originalmente no meu medium.

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