e eu?

Acho que quando criança eu era meio “transparente”. Eu ia para a escola, brincava na rua, assistia TV e botava as bonecas para dormir. Fiquei precavida depois que assisti Brinquedo Assassino, ou Boneco Assassino, sei lá, só sei que não queria incomodar nenhuma “Barbie-Chuck”. Quando ‘adolesci’ eu continuei meio transparente, só que agora eu queria ser transparente, eu almejava, eu precisava. Quem é que quer ser vista enquanto tudo ta ficando tão diferente? Eu não! No auge da vida de moça (ontem!) eu comecei a questionar, não virei rebelde ou politizada, mas chata. Hoje, uma mulher (QUASE) adulta eu decidi que não vim ao mundo para agradar ninguém! Parece coisa de gente mal-amada, rancorosa e triste, mas juro que não é. Quero meu espaço, quero pra mim, mas não para ser sozinha. Eu simplesmente preciso me aceitar e curtir meus momentos. Hoje eu tou no maior bode, sem motivo aparente. Desde ontem, na verdade! Ouvi Nirvana (acústico) até adormecer! Nunca terei nenhum tipo de envolvimento maior com a música, mas ela preenche todos os meus espaços e se adéqua a qualquer ocasião. Às vezes minha única companhia é um livro, ou um pensamento, ou o notebook. Assim eu posso começar a escrever meu livro (de literatura, e não de História) e segundos depois não gostar e deletar. Quem sou eu agora? Que serei eu depois da primavera? A mesma só que numa outra vibe. Só queria que essas criaturas não se ofendessem com tanta facilidade!